Você sente que parou no tempo?
Sabe aquilo de achar que tudo “na sua época era melhor”? Talvez seja hora de olhar pra frente.
Às vezes, a gente sente que empacou. Bate uma mesmice e as coisas boas que vivemos parecem muito mais interessantes do que as possibilidades do futuro.
Se identificou?
Aqui, a gente discute sobre o que gera esse apego excessivo ao passado e aponta caminhos pra retomar o movimento, reencontrar sentido no presente e abrir espaço pro novo.
Por que parou? Parou por quê?
Sentir estagnação de vez em quando é algo universal. Segundo explicou ao The New York Times o pesquisador Adam Alter, autor do livro Anatomy of a Breakthrough, ao perseguir qualquer meta de longo prazo, é inevitável passar por platôs. Como muitos desses objetivos não têm um ponto final claramente definido, pode ser difícil perceber se estamos realmente avançando.
Na minha época era melhor
Sentir nostalgia é normal. Afinal, momentos incríveis que vivemos fazem parte de quem somos e ficam guardados na memória como refúgios afetivos. Relembrá-los pode trazer conforto e até nos ajudar a atravessar fases difíceis. Mas, quando começamos a acreditar que tudo “na nossa época era melhor”, é sinal de que talvez estejamos mais presos ao passado do que conectados ao presente.
“Não tenho saudade de nada. Vivi intensamente esses anos todos, mas [...] tenho horror de nostalgia. A coisa que mais envelhece é a nostalgia.”
Nelson Motta, jornalista, compositor, escritor e produtor musical, em entrevista ao Zero Hora
Preguiça tecnológica
A preguiça de aprender coisas novas ou de se adaptar às tecnologias atuais pode reforçar a sensação de estar vivendo no passado. Quando evitamos o novo, perdemos oportunidades de evoluir e nos conectar com as mudanças ao nosso redor.
A dificuldade de processar lembranças persistentes e dolorosas do passado também pode nos impedir de olhar pra frente. Mas vale lembrar que nunca é tarde pra pedir desculpas, discutir questões não resolvidas ou expressar sentimentos antigos. Nem toda história tem um desfecho perfeito, mas, mesmo assim, é possível encontrar um tipo de encerramento — com ajuda profissional, se necessário.
Você sente que vive no passado? Comente aqui.