Não basta ser CEO, tem que ser triatleta
Como a performance esportiva se tornou um atributo desejável — sinônimo de foco, disciplina e resiliência — no LinkedIn.
A otimização extrema é o fio condutor de um estilo de vida orientado à performance, que tem a disciplina como seu maior atributo.
A busca constante por resultados e superação pautam todas as escolhas.
Esses são os pilares de um comportamento em ascensão identificado no relatório sobre tendências e insights do mercado esportivo, recém publicado pela agência Rahal/Sachs e a consultoria DEZON.
A era do CEO atleta
O esporte de alto rendimento é visto como um potencializador do desempenho no trabalho. Em reportagem publicada pela Forbes, por exemplo, executivos explicaram como correr uma maratona ajuda a desenvolver qualidades indispensáveis pra administrar uma empresa: flexibilidade, resiliência, determinação, foco etc.
“No dia a dia, o terceiro lugar dessas pessoas são clubes de social wellness e clínicas de longevidade, por meio de uma abordagem ultra personalizada da saúde.”
Fonte: trecho de “Esportes e o coletivo: tendências e insights pra inovar no mercado esportivo” (Rahal/Sachs e DEZON)
“A Faria Lima está cada vez mais conectada ou com um comportamento aliado a alguma corrente religiosa, ou vivendo uma vida que é religiosa sem saber que é. [..] Eu não ajoelho mais na igreja, mas entro num balde de gelo, porque a provação é importante. Não subo mais a Igreja da Penha, mas corro uma maratona, faço triatlo. Tudo em nome da realização.”

Desigualdade esportiva
Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 31% da população global é insuficientemente ativa, um problema que afeta desproporcionalmente grupos marginalizados e reflete disparidades socioeconômicas e de infraestrutura.
O relatório publicado esta semana pela Rahal/Sachs e DEZON analisa, também, como a promoção de atividades físicas e o incentivo a hábitos saudáveis podem contribuir pra uma democratização real do bem-estar.
O estudo aponta que o futuro e as oportunidades desse segmento estão diretamente ligados à criação de espaços e práticas que promovam pertencimento e socialização, gerando benefícios concretos pra saúde física e mental.
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É curioso esse caso do CEO atleta de alto rendimento. Já fui atleta conciliando com o trabalho e só foi possível porque eu trabalhava de forma autônoma, em home office e apenas 4 horas por dia. As outras 5 horas eu passava treinando. E o restante do tempo eu usava para descansar, porque meu status, na época, era CANSADA demais para fazer qualquer coisa, inclusive trabalhar. Imagino que o CEO triatleta deve trabalhar pouquinho, senão ele seria um atleta medíocre (e será que não é?). Outra opção seria o CEO triatleta treinar pouquinho, mas fazer parecer que treina bastante. O cenário de 8 horas diárias de trabalho + treinamento de alta performance não existe ou, se existir, resultará em esgotamento em pouquíssimo tempo.